Sinto como se minha alma estivesse sendo estraçalhada por um furacão que deixou seu rastro de destruição e tristeza. O que você quer de mim? A ilusão é tão perigosa quando a morte, porque em ambas você nunca respira com ardor o último minuto, pois ele nunca é esperado. Os seus olhares me iludem de tal forma que perco meu cerne existencial, fico vulnerável a tal ponto de submeter-me a qualquer peripécia sua, a qualquer vontade sua. Aguardo qualquer sinal e vou correndo todas as vezes que chama. Que chamado demoníaco é o seu, e como eu amo ir para o inferno todas essas vezes, queimar da sua áurea de candura e arder na volúpia auspiciosa do seu olhar. É nesse fogo que agora vivo, mas meu corpo já está padecendo em cinzas, e se eu não aprender a magia de renascer como uma fênix, você terá que, pelo menos, jogar-me em algum oceano; só peço que ache um lugar bem longe de você, porque, embora o oceano seja imenso, meu amor por você é desmedido a tal ponto do vento sentir pena de mim e ajudar o mar a te encontrar.
escrito em 29/01/2009
escrito em 29/01/2009