domingo, 22 de novembro de 2009

Alcione...

De amor eu não morro
O que eu posso
É chorar de saudade
Mas depois
Vou tentar refazer
Minha felicidade...

Entreguei
Minha vida a você
E você jogou fora
Fez de mim o que quis
Me usou
E depois foi embora...

Deixa o tempo passar
Você vai perceber
Que fazendo o que fez
Só jogou prá perder
Vai lembrar dos momentos
Que a gente viveu
Que ninguém
Te amou como eu...

Eu te quero além da cama
Eu te amo de verdade
É o lado mais puro
Mais angelical
É o cheiro, é a pele
É o lado animal...

Eu te quero além da cama
Eu te amo de verdade
As loucuras de amor
Que a gente já fez
Dava tudo de mim
Prá fazer outra vez...

E aí, pode ser
Que o meu mundo
Não tenha mudado
Mas também pode ser
Que outro alguém
Já esteja ao meu lado...

Escutando as palavras
De amor, que você me dizia
Desfrutando de todos os sonhos
Que eu te oferecia...

Ocupando o espaço
Que você deixou
Aceitando a paixão
Que você renegou
Eu ainda te amo
Eu te quero demais
Meu amor
Veja bem o que faz...

Verdade?

Em qual verdade estou inserida?
Na sua,
ou na minha?

terça-feira, 3 de novembro de 2009

...

Aquele seria um dos lugares que eu jamais esqueceria
Fiz dele o cemitério da minha alma
Nele deixei enterrado meu coração.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Sobre Todas as Coisas - Chico Buarque

Pelo amor de Deus
Não vê que isso é pecado, desprezar quem lhe quer bem
Não vê que Deus até fica zangado vendo alguém
Abandonado pelo amor de Deus

Ao Nosso Senhor
Pergunte se Ele produziu nas trevas o esplendor
Se tudo foi criado - o macho, a fêmea, o bicho, a flor
Criado pra adorar o Criador

E se o Criador
Inventou a criatura por favor
Se do barro fez alguém com tanto amor
Para amar Nosso Senhor

Não, Nosso Senhor
Não há de ter lançado em movimento terra e céu
Estrelas percorrendo o firmamento em carrossel
Pra circular em torno ao Criador

Ou será que o deus
Que criou nosso desejo é tão cruel
Mostra os vales onde jorra o leite e o mel
E esses vales são de Deus

Pelo amor de Deus
Não vê que isso é pecado, desprezar quem lhe quer bem
Não vê que Deus até fica zangado vendo alguém
Abandonado pelo amor de Deus

domingo, 30 de agosto de 2009

Flor de Lis - Djavan

Valei-me Deus, é o fim do nosso amor
Perdoa por favor, eu sei que o erro aconteceu
Mas não sei o que fez tudo mudar de vez
Onde foi que eu errei
Eu só sei que amei, que amei, que amei, que amei
Será, talvez, que minha ilusão
Foi dar meu coração com toda força
Pra esse moço me fazer feliz
E o destino não quis
Me ver como raiz de uma flor de lis
E foi assim que eu vi nosso amor na poeira, poeira
Morto na beleza fria de Maria
E o meu jardim da vida ressecou, morreu
Do pé que brotou Maria
Nem margarida nasceu

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

...

Fui capturada em um dos seus diálogos
Para fazer parte de uma de suas teses
E na sua eloquência fui esquecida
Como um parágrafo deletado

Mas fiquei nas entrelinhas
Como fica um pensamento inacabado

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Entre o Céu e o Mar - perfeita

Quantos labirintos tem meu coração
Pra eu me perder, e te encontrar
Quantas avenidas, tem o seu olhar
Pra te seguir, e me guiar

Meu coração me leva
Perto demais do seu
Meu coração nem sabe por que
O meu amor é bem maior que eu

Quem sabe o destino, ainda vai juntar
O céu e o mar, eu e você
Quem de nós um dia, iria imaginar
Que o amor pudesse acontecer

Seu coração é livre
Tanto que prende o meu
Seu coração nem sabe por que
O meu amor é tão igual ao seu

domingo, 23 de agosto de 2009

...

Maldito o dia em que escutei sua voz. Maldito o dia em que passei para seu lado e me tornei sua serva. Maldito o dia em que comecei a adorar você como nunca o fiz na minha vida. Maltida a tua boca quando me elogiava sem motivos. Maldito seja o seu ego, que não permitiu que ficasse comigo. Maldita seja sua soberba que me considerou mais uma.

E se eu nunca tivesse entrado naquela sala?
E se eu nunca tivesse escutado sua voz?

Eu queria que você tivesse deixado eu adorá-lo como se adora uma rosa, com a certeza que nunca alcançaria a sua perfeição de cheiro, de forma, de cor, mas que intimamente teria a certeza que a rosa não duraria para sempre e que sempre existiriam outras rosas tão bonitas e perfumadas como você. Só que você quis chegar perto e eu deixei porque eu já te amava; e na sua roseira existiam espinhos que me fizeram profundas feridas. Espinhos que eu nunca vira em você, mas que já existiam. Todo o meu corpo ficou marcado e meu coração foi quase arrancado, mas eu ainda permaneço viva. E você ainda está tão forte quanto antes na roseira, contemplando o mundo como um ser perfeito, indirente, diferente. Se algum dia você envelhecer e for cair, eu temo que não estarei de contemplando e não poderei te levar comigo, porque o tempo não destrói, mas corrói todo o amor que se sente. Mas infelizmente seu cheiro sempre irá me acompanhar, só que espero lembrar dele como algo que o tempo esfriou e não como algo que oprime meu coração.

Mais uma de amor...

O oposto do amor é a liberdade. O amor não admite escolhas; é livre o ser que dita seus rumos, no amor estamos acorrentados a algo que não entendemos e sofremos porque racionalmente não conseguimos seguir em frente. Quem nunca amou jamais sentirá o que não é ser livre, não saberá o que é ter o coração oprimido e não ser capaz de fugir de si mesmo. Quem nunca amou não entenderá o que uma lágrima de amor derramada por outrem significa. Quem já amou jamais desdenhará do amor de alguém. Amar significa perder a liberdade no mais alto grau que ela está no homem, é se tornar um ser cego, surdo e mudo às suas próprias vontades. É perder todo o senso de ridículo que uma pessoa possa ter. É saber que não tem nada nas mãos e ainda permanecer agarrado a uma ilusão criada por si mesmo. As algemas do amor parecem infindas para quem ama. Não adianta fugir, não adianta se esconder, o amor sempre será mais forte, sempre será astuto, sempre fará com que você volte a enxergá-lo de frente, bem nos olhos. Não existe saída. Aceitar o amor é saber que ele é absoluto. Não tentar fugir dele é acreditar que ele é infindo. Saber que não tem escolha é saber o que é o amor. Porque se não for absoluto, infinito e desmedido, não é amor.

domingo, 5 de julho de 2009

A Náiade e o Tritão

Que ventos me levaram até você?
Tantas águas para nadar
E do meu infindo oceano
Acabei presa no riacho da sua estreita alma

E nesse vão de água não consegui respirar
Acostuma à riqueza e à pureza das águas profundas
Afoguei-me na lama da sua existência

Restei-me suja e triste
Por não poder voltar ao meu mar sem sua lembraça
E por saber que não passei de uma simples ninfa

Que teve que voltar humilhada e rastejante
Mais sozinha que dantes
Ao meu lar, agora sombrio e frio
Sempre a lembrar do sujo riacho
E do altivo e arrogante Tritão
Que não tinha coração.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Falando Sério - Roberto Carlos

(diz muita coisa)

Falando sério
É bem melhor você parar com essas coisas
De olhar para mim com olhos de promessas
Depois sorrir como quem nada quer

Você não sabe
Mas é que eu tenho cicatrizes que a vida fez
E tenho medo de fazer planos
De tentar e sofrer outra vez

Falando sério
Eu não queria ter você por um programa
E apenas ser mais uma em sua cama
Por uma noite apenas e nada mais

Falando sério
Entre nós dois tinha que haver mais sentimento
Não quero seu amor por um momento
E ter a vida inteira para me arrepender

domingo, 21 de junho de 2009

Poema - Cazuza

Eu hoje tive um pesadelo
E levantei atento, a tempo
Eu acordei com medo
E procurei no escuro
Alguém com o seu carinho
E lembrei de um tempo

Porque o passado me traz uma lembrança
Do tempo que eu era ainda criança
E o medo era motivo de choro
Desculpa pra um abraço ou consolo

Hoje eu acordei com medo
Mas não chorei, nem reclamei abrigo
Do escuro, eu via o infinito
Sem presente, passado ou futuro
Senti um abraço forte, já não era medo
Era uma coisa sua que ficou em mim
E que não tem fim

De repente, a gente vê que perdeu
Ou está perdendo alguma coisa
Morna e ingênua que vai ficando no caminho
Que é escuro e frio, mas também bonito porque é iluminado
Pela beleza do que aconteceu há minutos atrás

sábado, 6 de junho de 2009

Perdida no mundo

Será que não percebeu que me destruiu?
Acha mesmo que tudo foi nada?
Eu te admirava tanto
Com tanta força que me perdi nessa contemplação

Perdi-me no confuso mundo de um Narciso
Só que jamais estarei no seu espelho
Mas você já faz parte do meu
Sou o reflexo de sua indifereça
Da sua falta de amor

Meu rosto em lágrimas
Mostra que te vejo em cada espelho do mundo
Na água da chuva, nos vidros embaçados
Nos olhos que me fitam

E a cada dia eu me sinto mais humilhada
Vendo você todas as vezes que abro os olhos

O mundo dos que são amados
Não é o mesmo dos que não são amados

O mundo dos que não amam
É indiferente ao mundo daqueles
Que se perdem pelo amor

...

Será que tudo foi mentira?
Cada gesto descontraído
Cada abraço sem graça
Cada palavra dita para quebrar o silêncio
Todos os elogios sem causa
Todas as risadas sem motivo
Eu lembro de todas as vezes que tocou na minha mão
E que beijou minha testa desconfiado
Será que mentiu todo o tempo?

Alma Nula

Eu não existia perto de você
Uma nulidade absoluta se firmava no meu ser
Eu não conseguia falar, olhar, fugir
Eu não conseguia dizer não, eu não podia

A força que eu tinha se esvaiu e eu cedi
Tão facilmento quanto você me esqueceu
E agora meu coração quase bate, mortificado
E eu quase vivo com a sua existência me perseguindo

Restei-em um quase ser
Que permanece nula e sozinha sem você.

Coração está em pedaços - Zezé e Luciano

Hoje eu vim te procurar
A saudade era demais
Vim falar do meu amor
Timidez deixei pra trás
Quero te dizer que eu
Sofro muito sem você
Coração tá em pedaços
Com vontade de te ver
Porque saiu assim da minha vida
Sozinho sem você
Não tem saída, porque, porque
Porque você não quer saber do meu amor
Porque
Diga se te deixei faltar amor
Se o meu beijo é sem sabor
Se não fui mulher pra você
Diga que tudo não passou de um sonho
Se o amor que te proponho
É pouco pra te convencer

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Amor

Eu só tenho falado de amor ultimamente
É engraçado como pensam no amor aqueles que não são amados
Doces ironias da vida

Quem é amado não fala no amor,
Apenas retribui o sorriso do ser amado
Quem ama perdidamente são os rejeitados
Os feridos, os anputados

Amam mais aqueles não já não tem coração
Que rastejam com um buraco ao peito
E que respiram o temível ar do esquecimento

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Olhos nublados

Permanecem nublados os meus olhos
Nuvens carregadas pousam sobre minhas têmporas
Tão negras que nem os ventos fortes conseguem afastá-las

E por vezes chove no meu peito
Mas as armaguras não se vão
A angústia não se vai
A solidão fria permanece

E a neve no meu peito não derrete
Nem se move

Assim vou eu chorando na chuva
Encharcada pelos pingos que são lágrimas

E quando o sol vem
Evaporando as lágrimas, agora de ninguém
Penso que estou viva, boba ilusão
É uma questão de tempo para que as nuvens escondam o sol
E a tempestade volte, sombria, escura e felina
Para ferir mais uma vez meu coração

domingo, 31 de maio de 2009

O QUE SERÁ? - CHICO BUARQUE

O que será que me dá
Que me bole por dentro, será que me dá
Que brota à flor da pele, será que me dá
E que me sobe às faces e me faz corar
E que me salta aos olhos a me atraiçoar
E que me aperta o peito e me faz confessar
O que não tem mais jeito de dissimular
E que nem é direito ninguém recusar
E que me faz mendigo, me faz suplicar
O que não tem medida, nem nunca terá
O que não tem remédio, nem nunca terá
O que não tem receita

O que será que será
Que dá dentro da gente e que não devia
Que desacata a gente, que é revelia
Que é feito uma aguardente que não sacia
Que é feito estar doente de uma folia
Que nem dez mandamentos vão conciliar
Nem todos os ungüentos vão aliviar
Nem todos os quebrantos, toda alquimia
Que nem todos os santos, será que será
O que não tem descanso, nem nunca terá
O que não tem cansaço, nem nunca terá
O que não tem limite

O que será que me dá
Que me queima por dentro, será que me dá
Que me perturba o sono, será que me dá
Que todos os tremores me vêm agitar
Que todos os ardores me vêm atiçar
Que todos os suores me vêm encharcar
Que todos os meus nervos estão a rogar
Que todos os meus órgãos estão a clamar
E uma aflição medonha me faz implorar
O que não tem vergonha, nem nunca terá
O que não tem governo, nem nunca terá
O que não tem juízo

quinta-feira, 28 de maio de 2009

O que eu aprendi com você?

Aprendi que faltava luz em meus olhos antes de te ver
Aprendi que é difícil enxergar a verdade
Aprendi a não acreditar no amor dos outros

Aprendi a não rir do amor dos outros
Aprendi a chorar sem lágrimas
Aprendi a arte da diplomacia ao tratar com você depois de ser pisada
Aprendi a olhar do espelho e só ver um objeto jogado fora
Aprendi que meus sonhos são tudo o que tenho e que as pessoas não valem tanto

Aprendi que não consigo encantar
Aprendi que ser trocada por alguém melhor dói
Aprendi que a beleza é mais importante do que eu esperava que fosse
Aprendi que os fins justificam os meios
Aprendi que ninguém se preocupa com ninguém
Aprendi que as pessoas nunca se compreendem
Aprendi que o coração também enlouquece

Aprendi a ter medo das pessoas
Aprendi a ter vergonha de existir
Aprendi que a vida é longa demais quando se ama
Aprendi que não existe perdão

Eu aprendi a te amar
Aprendi a te adorar
Aprendi o que era saudade
Senti a sua indiferença na minha alma
Só não aprendi a esquecê-la

Eu esqueci de aprender a esquecer
Dos teus olhos, dos teus gestos, do teu sorriso
Do teu carinho, das tuas palavras, do teu carisma
Do teu perfume
Eu não esqueci do som dos teus passos,
Das tuas mãos
Dos teus abraços

Aprendi que só se ama uma vez na vida
Alguém não pode ser castigado duas vezes dessa maneira
Seria cruel demais
Aprendi a me esconder na minha errante solidão
E a escrever para condensar minha tristeza

Aprendi que não se escolhe um amor
Simplesmente aprendi que não vou te esquecer
Resta-me, então, sofrer
Já que você não aprendeu a me amar.

domingo, 17 de maio de 2009

Sozinha

Como é difícil não ser compreendida. Ter que mostrar para as pessoas que você ama que está tudo bem, que você esqueceu, que não foi tão difícil. Como é difícil não chorar toda hora, não poder dizer a ninguém que a vida não faz mais sentido sem que lhe chamem de louca. Hoje é fácil não achar o céu tão grande, o mar tão infinito e as estrelas tão distantes, porque tão desmedida é a dimensão do que sinto que tudo tornou-se vulgar e pequeno. Hoje estou sozinha no trabalho, em casa, na faculdade, na rua; as pessoas que me cercam fazem parte do mundo mas me parece que não estão lá. Não posso contar com elas e não desejaria que alguém compreendesse meu sofrimento porque esse alguém morreria de tristeza. Disse certa vez que vivia em uma margem de certo rio e as outras pessoas que existiam na minha vida estavam distantes nas outras margens onde eu quase não conseguia ouví-las nem vê-las. Hoje estou no meio de um oceano, agarrada em um tronco, com uma parte de mim pedindo para morrer e com a outra parte resistindo em viver. Estou presa a vida pelos sonhos que tenho e distante dela pelo amor que sinto. Estou arquejando pelo caminho da razão, porque pelo caminho do coração eu já me perdi.

Lembras?

Lembras do meu nome?
Aquele nome que só você me chamava
Que os meus ouvidos doíam quando me chamava
O meu nome que era seu
Que continuará sendo seu

Lembras do meu rosto?
Aquele que sempre estava sorrindo para você
Aquele que nunca mostrou-se lânguido ou apavorado
Com aquele ar altivo que escondia as lágrimas do coração
Que você nunca soube o quando chorou em silêncio por você

Lembras do meu corpo?
Do corpo que ardia por você
Que você usou e recusou e matou

Lembras que me achavas linda?
Lembras que partiu meu coração?
Sequer lembras que existi

Eu lembro de você em cada passo que dou
Em cada palavra que digo
Em cada pessoa que olho

E a cada batida do meu coração
Eu lembro que fui enganada
Eu lembro que fui humilhada
Eu lembro que não fui desejada
Eu lembro que não fui amada

Mas o que dói
O que mais corrói
O que mais destrói
É saber que não sou lembrada.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

....

Que tristeza absoluta meu Deus!

domingo, 10 de maio de 2009

Amor?

Até quando vou amar você? Até quando vou chorar desse jeito? Até quando vou tentar explicar o que sinto para os outros? Ninguém entende o que sinto. É uma mistura de dor, de desespero, de angústia, de sofrimento, de perda, de medo. Não adianta falar para as pessoas que você era o ser perfeito para mim. Elas sempre dirão que você não me merecia, que eu sou muito para você. Elas fazem o papel de amigas direitinho, e é por isso que eu as amo perpetuadamente e desmensuradamente. Mas elas não me compreendem, dizem que o que sinto não é amor. Mas o que eu sinto então? Será que essa dor que me corrói, essa vontade de chorar, essa falta de esperança que se alastrou no meu coração não é amor? O que será então? Será que a culpa foi minha mesmo como elas dizem? Mas, que culpa eu tenho de ter te amado? Eu deixei que me usasse porque eu te amo. É tão difícil de entender? EU TE AMO; e estou morrendo por causa disso. Eu estou definhando porque sei que por mais que eu tente nunca serei boa o bastante para você. Você nunca ficará com uma pessoa como eu. Eu não sou e nunca serei digna de você. Essa impossibilidade de ter você hoje e sempre é terrível e me apunhada todos os dias ferozmente. O jeito é caminhar com o peso da sua indiferença nas minha costas. O único caminho é rastejar na vida com a sua lembrança. A única saída é arquejar nos bosques no esquecimento e continuar morrendo a viver sem você.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Apenas um nada

Eu me contentaria com seus restos, mas nem isso você me ofereceu. Eu serviria você a minha vida inteira, mesmo sabendo que você nunca poderia me amar. Eu ficaria com você mesmo sabendo que nunca seria a única. Eu amaria você de todas as maneiras possíveis, mas você não deixou. Você apenas me usou. Eu deixei que me usasse. Eu disse "sim". Mas, que culpa eu tenho se eu amei você desde o primeiro dia que te vi? Que culpa eu tenho de não ser o bastante para você? Talvez você tenha feito apenas um favor para mim. Eu sabia que você nunca seria meu, mas eu não queria você, eu queria apenas os seus restos. Eu queria aquilo que não se dá a ninguém, eu queria aquilo que você joga fora, eu queria os seus defeitos, eu os engoliria. Eu só queria abraçar você e afogar minha vida nisso. Eu queria tão pouco. Tão pouco. Acreditar nas pessoas é esperar algo delas. Eu jamais acreditei que você gostasse de mim. Mas eu achei que fosse caridoso. Mas sua solidariedade em sair comigo foi a única coisa que pôde fazer, sei que não tinha como você fazer mais. Afinal, não mereço tanto. Talvez, o resto do resto que você me deu fosse exatamente o que eu merecia, para me mostrar que não sou nada de nada, nada para todos e ainda um nada para você; um nada que ama você, um ninguém que alguém não amou; um nada sem amor, é isso que sou.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

À Laura

Apenas... não morra
A coragem que se tem para morrer
È a mesma coragem que se tem para viver

Apenas... não morra
Um amor não pode anular o amor
das outras pessoas que te amam, não pode!

Apenas... não morra
Estou pedindo que não morra
Você sabe que morreremos com você
E na outra vida vamos cobrar o seu amor que
você nos roubou

Apenas... não morra, por favor... não morra!
Que eu estou morrendo porque não posso ajudar
E chorando porque não posso te alcançar

Apenas... não morra.. estou implorando...
Por favor, não morra.
Estamos esperando você.
Você sabe que estamos.
Queremos sorrir de novo, brincar de novo,
jogar de novo, beber de novo,
queremos viver com você de novo e sempre

Apenas...não morra
Se você viver tudo vai ser resolvido
Eu prometo
Tudo pode ser mudado... menos a morte
Por isso
Não morra

Não morra porque isso não vai torná-lo melhor
Ele roubou sua vida?
Não importa. Crie outra.
É difícil, eu sei... mas
Apenas
Não morra.

Estamos aqui ainda.
Esperando
Sempre
Apenas viva

Amamos você!

sábado, 25 de abril de 2009

...

Have I told you lately that I love you?
Have I told you there`s no one else above you?

Errante

Solidão feliz é aquela que não conhece o amor
O amor transforma a solidão em tormento
O tormendo afunda a vida nas lágrimas
As lágrimas destroem o coração

Quando meu coração errante te encontrou
Eu ainda não conhecia o amor
Era um ser que não acreditava no amor
Depois de você
Desisti de amar

Sempre convivi com a minha solidão
Depois de você
Me arrasto com ela.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Ainda no passado

Triste fim o meu. Eu cometi o delito de ser bela e você levado por esta fragrância cometeu um crime ainda maior, permitir que eu o amasse. Como Hugo ressalta, sim, o amor é um delito, mas depois de algumas páginas ele aponta o excludente: é a beleza é um flagrante delito. Ô culpa irascível a minha.

Por vezes uno as tangentes dos assuntos, visto a roupa de julgador e fico enquadrando você em figuras típicas; vou das menores penas às maiores. Primeiro pensei em enquadrá-lo no crime de furto qualificado pelo rompimento de obstáculo; você rompeu o mar do meu ego e furtou meu coração, levando-o para muito longe. E a coisa furtada não foi devolvida, perdeu-se; nem para reparar o dano você serviu. Depois, pensei melhor, você devia ser condenado por latrocínio: roubou meu coração e o apunhalou ferozmente, voluptuosamente. Ou será apenas um homicídio majorado por emprego de arma e veneno? Talvez, você mereça a criação de um novo tipo penal cujo nomen iuris seja: MATAR ALGUÉM DE AMOR. Mas, que pena daria para você e para todos os outros que furtam, roubam e matam corações? Prisão perpétua ou morte? Como se eu pudesse existir sem você. É preciso que você exista para que eu sempre lembre que tenho várias vidas e o seu amor só que furtou, roubou e matou, uma delas; a melhor, deveras.

Depois de tudo tenho que admitir que um excludente pode ser suscitado, já que eu mesma arranquei meu coração do peito e te entreguei. Meu ato voluntário, mesmo silencioso, dizia claramente que você podia fazer o que quisesse com ele, e você fez o que achou melhor. Simples, vil e indiferente. E ao final do meu processo inquisitivo, onde sou julgador, defensor e acusador, melindro todos as conjecturas: primeiro, omitindo seu dolo; depois, expropriando-me de tudo o que resta do meu orgulho, absolvo você; e cumpro a pena que você e meu coração perdido me instituíram: continuar vivendo, tentando não sentir seu cheiro em tudo o que vejo, desejando deixar de ver seus sentidos em tudo aquilo que escuto, engolindo minhas tristes lágrimas que sempre vão lembrar dos teus doces olhos criminosos.

escrito em 15/02/2009

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Fugi porque te amo

Eu fugi porque te amo com todas as forças que tenho
Te amo de todas as maneiras possíveis
Te amo mais do que a mim mesma
Te amo te perdoando tudo

Fugi porque preciso ficar longe de você
Mais longe do que minha cabeça está do meu coração
Mas queria que você estivesse tão perto quanto minha loucura está da minha razão

Você desfez meu orgulho
Meu querido orgulho altivo,
Com vales intransitáveis, com muralhas intransponíveis
Você ultrapassou-o com tanta facilidade
Restei-me louca
Louca porque te amo
Porque te amo loucamente

Você deixou meu coração em pedaços
Juntei os seus pedaços e fugi
A minha fuga foi minha libertação
A libertação do ser amado que não pode amar
A expiação do renegado que não deixou de amar

A transformação da solidão plena em errante

Vago nos confins de sua indiferença ainda te amando
Amando de um jeito insano
Te desejando loucamente, com uma volúpia desenfreada

Só fugi porque te amo

quarta-feira, 15 de abril de 2009

No passado....

Sinto como se minha alma estivesse sendo estraçalhada por um furacão que deixou seu rastro de destruição e tristeza. O que você quer de mim? A ilusão é tão perigosa quando a morte, porque em ambas você nunca respira com ardor o último minuto, pois ele nunca é esperado. Os seus olhares me iludem de tal forma que perco meu cerne existencial, fico vulnerável a tal ponto de submeter-me a qualquer peripécia sua, a qualquer vontade sua. Aguardo qualquer sinal e vou correndo todas as vezes que chama. Que chamado demoníaco é o seu, e como eu amo ir para o inferno todas essas vezes, queimar da sua áurea de candura e arder na volúpia auspiciosa do seu olhar. É nesse fogo que agora vivo, mas meu corpo já está padecendo em cinzas, e se eu não aprender a magia de renascer como uma fênix, você terá que, pelo menos, jogar-me em algum oceano; só peço que ache um lugar bem longe de você, porque, embora o oceano seja imenso, meu amor por você é desmedido a tal ponto do vento sentir pena de mim e ajudar o mar a te encontrar.

escrito em 29/01/2009

domingo, 12 de abril de 2009

absolutamente perdida

Eu me esqueci em algum lago distante
Em alguma palavra proferida por um ninguém
Em uma lágrima não chorada por uma criança
Em algum lugar que ainda não foi descoberto

Perdi tudo o que eu fui outrora
Perdi a vontade de ser o agora

quinta-feira, 9 de abril de 2009

E-mail enviado ao ex-amor

Bem, não quero ser tão infantil e tão orgulhosa ao ponto de isolar-me sem dizer nada. Você não é burro, por isso sabe muito bem porque eu saí de lá. Sei que sabe. Eu saí porque não nasci para ficar mergulhada na sua indiferença e ficar eternamente esperando que você falasse alguma coisa. Espero que não faça isso com mais ninguém; as pessoas não foram feitas para serem usadas, elas existem para serem, no mínimo, amadas, mesmo que simploriamente. Não esperava nada de você, como não espero nada de ninguém, eu não acredito nas pessoas, não acredito que elas possam fazer algo de bom, não acredito no amor de ninguém, nunca acreditei. Mas não amar, não significa humilhar silenciosamente, isolar com teias invisíveis e fingir como se nada tivesse acontecido. Uma palavra, eu só precisava de uma palavra. Seu silencio me corroeu, sua indiferença me estraçalhou e eu estou aqui morrendo porque não sei o que pensar. Saí de perto de você porque não agüentava mais olhar para você. Usei todo o resto dos meus sorrisos, todas as palavras semi-prontas e gentis que poderia ter dito e tolhi toda a vontade que eu tinha dentro de mim de jogar uma cadeira na sua cabeça. Eu não pedi nada a você, mas gostava de você, porque achei que você fosse gentil, pelo menos gentil. Mas descobri que você é um bruto, em todos os sentidos possíveis. Não sabe tratar uma mulher. Você tem que aprender a fazer certas coisas direito, bem direitinho, pelo menos a próxima que você pegar ficará menos dolorida, da cabeça e do resto. Eu estava errada sobre você e me ferrei por causa disso. Eu nunca me senti tão feia, tão burra, tão pouco em toda minha vida. Repito: não use as pessoas assim. Ninguém merece isso. Ninguém. Se algum dia você sentir na pele algo do tipo, espero que aprenda a dar valor as pessoas. Seja menos grosseiro e mais humano, e também menos insensível. Eu ainda estou tentando entender o que é que eu fiz para merecer isso, se eu tivesse pelo menos me oferecido, tudo bem, mas nem isso. Você procurou, usou, chutou e depois? Tudo ótimo para você. Os outros que morram! Super adulta sua atitude. Eu não ia escrever nada, mas resolvi não ficar guardando porque quem está se ferrando sou eu mesmo, e o que você vai pensar, não vai fazer diferença. Espero que a vida lhe ensine a ser um verdadeiro poeta. Espero que o seu olhar do mundo não se resuma ao seu umbigo, pois isso não é digno de um escritor. E espero que alguma mulher ensine algo a você. A dor, apesar de maléfica, nos ensina muita coisa.
Sem rancores.
Apenas cresça.

domingo, 5 de abril de 2009

....

Eu passaria minha vida a te contemplar
E você nem sequer me notou.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Qual o significado do mundo?

Qual o significado do mundo?
Se você não pode olhá-lo sob vários olhares?
Se vc não pode amá-lo de várias formas?
Se você não pode chorá-lo com todas as dores possíveis?
Se você não pode cantar todas as canções?
Se você não pode cheirar todos os perfumes?
Se você não pode sentir todas as pessoas?
Se você não pode falar o que sempre é repetido e o que nunca foi dito?
O que é o mundo meu Deus?
Se você não pode sonhar de tudo?
Fazer de tudo?
Silênciar diante do nada
e gritar para o infinito?
Um mundo sem a inutilidade do nada não possui vida
É um plagio da existência
É uma corrida ao topo, sem caminhos
Pode o mundo significar algo
Se não se sofrer infinitamente?
Se não se amar perdidamente?
Se não se sentir plenamente?
O mundo é o vazio das contradições
É a ansia do sonhar
É a beleza do estar.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Sem estilo apesar da mágoa

A mágoa nasce da resistência ao amor e da falta de esperança. Eu resisti como uma Tróia murada e defendida pelos seus próprios Deuses da solidão. Mas, as feridas logo apareceram nas minhas muralhas e você conseguiu tocar no fundo de minha alma. Meus deuses sucumbiram à ilusão da vida, à vida que senti ao estar com você. Me afoguei nessa ilusão e morri sufocada lembrando dos teus braços nos meus. Alguém sem esperança só tem a esperança de algum dia ter esperança. A esperança da minha esperança era que você fosse o Deus que sonhei para adorar, mas descobrir que você não é melhor do que eu. Achei que eu não te merecesse, mas alguém pode merecer você? A mágoa que você me trouxe foi desmensurada; ela destruiu todo o meu amor próprio, destruiu o resto do meu amor pelos homens. Antes eu não conhecia os homens, agora que os conheço, deixei de valorá-los. E minha resistência a você adulbou minha mágoa. Se eu resisti, por que você insistiu em conquistar-me?
Só para magoar-me?
Só por magoar-me?
Só pelo magoar?
Jamais senti uma mágoa tão profunda.
Nunca alguém me feriu tanto de forma tão grosseira e consciente.
Jamais um pessoa chegou a renegar-me a esse ponto.
Nunca esquecerei de você.
Jamais perdoarei você.
Jamais.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

No meio das minhas divagações sobre o seu ser
Percebi que a sua indiferença corrompe toda a minha astúcia
e o seu jeito de ser perfura a linha da minha razão
Fico acordada pensando o quanto foi pequeno o que houve entre nós
e o quão insignificante sou para você
Foi então que em um infimo momento pensei em mim
Pensei o que poderia fazer para ter deixar tão mal quanto eu
ou pelo menos mostrar minha ferida aberta para você
Mas não existe como... Simplesmente não existe como
O que é nada senão nada? E nada eu sou para você.
A única coisa que posso fazer é não te perdoar
Nunca te perdoar
É meu único refúgio ... saber que você é uma criatura tão vil
que nem sequer conseguiu ser perdoado....
E você nem pediu perdão... para que?
Não se pede alguma coisa ao nada.
Não se pede alguma coisa ao infinito.
Eu sou o infinito dentro do nada.
E você ainda é tudo dentro do meu infinito.

segunda-feira, 23 de março de 2009

À Ará....

Eu simplesmente adoro quando você olha para mim e diz?

- Você é mais minha amiga ou dela?

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